Ho, ho, ho...
Estou cansada, muito cansada. Estes dois dias de festas natalícias desassossegaram-me profundamente. De repente deixei de ter espaço à minha volta para conseguir sequer respirar. Tanto barulho, tantas pessoas a exigirem a minha atenção imediata para dois dedos de conversas superficiais que não me interessam para nada mas às quais por educação não podia mandar bugiar... Ler foi praticamente impossível. Tirando o Natal e a Páscoa estou sem saber nada da maior parte destes familiares desconhecidos e de repente em apenas dois dias invadem a nossa vida e forçam-nos a dar-lhes atenção. Pessoas que não me dizem nada, com valores e princípios completamente opostos aos meus, que não sabem absolutamente nada dos meus hobbies, sonhos e gostos... e no entanto sou “forçada” a não fazer nada que goste, constantemente interrompida por eles. Valeu-me a calma interior para resistir à opressividade e não explodir. Porque eu preciso muito de silêncio e quietude à minha volta ou então de estar rodeada pelos meus amigos que são o meu porto de abrigo, o meu lar...
5 Comments:
É só um pequeno esforço.. A paz já volta.. :)
By Joana, at 11:38 AM
"Tirando o Natal e a Páscoa estou sem saber nada da maior parte destes familiares desconhecidos e de repente em apenas dois dias invadem a nossa vida e forçam-nos a dar-lhes atenção. Pessoas que não me dizem nada, com valores e princípios completamente opostos aos meus, que não sabem absolutamente nada dos meus hobbies, sonhos e gostos... e no entanto sou “forçada” a não fazer nada que goste, constantemente interrompida por eles."
Enfim... já estava a pensar naqueles jovens japoneses que se emparedam... muitas famílias são assim, sem reforço nenhum do laço de sangue, perdem-se de geração em geração. Felizmente ainda há famílias que são mais do que gerações biológicas e se mantêm unidas muito além dos parentescos mais chegados, confluindo sangue e socialização para proteger o indivíduo que delas faz parte. Amigos vão e vêm, discutimos com eles, perdem-se no fim do curso, ou numa mudança de emprego, alguns ficam pra sempre mas vão alternando a sua presença. Mas a família são aqueles com quem o laço se mantém para lá do momento, da discussão, da altercação. Ou deveriam ser, pq como dizes no teu post, são-no cada vez menos as verdadeiras Famílias.
By noiseformind, at 2:22 PM
comigo isso não aconteceu este ano...foram dois dias agradaveis, também tenho que dizer que não tive a familia toda à minha volta! lol
Certo é que a familia veio para ficar, ou seja, a familia deve ser o nosso nucleo, mas a verdade é que não escolhemos a familia que temos, mas os amigos escolhemos, com a familia muitas vezes a proximidade pura e simplesmente não existe ou quase não existe! não quero encarar o facto de estar com a familia como um sacrficio, mas que por vezes custa...lá isso custa,ou melhor, chateia!
By Ana João, at 8:36 PM
Concordo que por vezes, ou muitas vezes, seja complicado abdicarmos dos nossos hábitos, da nossa vontade, do nosso espaço, para darmos atenção a pessoas que, embora sejam familiares, não nos dizem tanto assim. Mas é muito importante não esquecer que nem sempre podemos só receber...No espírito natalício também se inclui a dádiva de nós aos outros...Pensa nisso edu.
By Anonymous, at 9:08 PM
Sim, se calhar não tive a paciência suficiente. Mas que custou, custou :(
By Eduarda Sousa, at 3:36 PM
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