Luz e Sombra

Sunday, March 13, 2005

Pele é pele; 500 palavras para um blog

Toque é toque. Pele é pele. Repetia para si mesma estas palavras, incessantemente, tentando encontrar nelas um significado para o que sentia. Toque é toque. A explicação científica para a coisa apresentava-se-lhe evidente. São os receptores nervosos da pele (a que vulgarmente chamamos tacto) que enviam ao cérebro através de impulsos nervosos (como era… os canais de cálcio?) a mensagem “ Sinto algo”. Então porquê a vergonha? Deitada na cama, procurava a explicação. Pele é pele, não te preocupes mais com isto. Não quer dizer nada, não para ti. Mas e ela? Não conseguia ignorar a amiga a traçar-lhe letras devagarinho nas costas com a ponta do dedo.
“A”.
Porque tinha ficado, sabendo o que sabia? Porque não se tinha recusado a passar a noite na mesma cama que ela? Recordou a tarde em que a amiga lhe confessara o que sentia. Tinha tido vontade de rir, chorar e fugir ao mesmo tempo. Um misto de sensações e pensamentos invadira-lhe a mente, num turbilhão tal que a única saída possível fora fumar um cigarro, para intoxicar com o fumo as mil vozes que lhe habitavam o pensamento. Sentia um certo orgulho em ser o alvo daquele sentimento. Pensou com vergonha de si própria que se calhar era responsável por aquilo… Se calhar tinha-a seduzido. E lembrou-se das suas próprias palavras, anteriormente tão segura de si nas suas convicções. “O amor não tem sexo”, apregoava a quem quisesse ouvir. “A sexualidade é uma escala de cinzentos, não preto ou branco”. E agora, querida?
“M”.
De repente sentia o peso das perguntas, dos olhares, e sobretudo o peso de si própria a querer mandar às urtigas todas as frases bonitas e pôr-se a milhas daquela situação que lhe parecia no mínimo cinematográfica. Então porque ficara?
“O”.
Teria sido para provar a si própria que era totalmente livre de preconceitos? A certeza da sua arrogância sorriu-lhe, acenando com a cabeça. Mas outra máscara surgia na sombra, a do desejo. Perguntara-se como reagiria se a amiga tentasse algo, metade de si querendo que ela tentasse.
“T”.
Sentia o arrepio a percorrer-lhe a espinha, terminando nalguma zona recôndita do seu baixo-ventre. Não queria acreditar no que estava a sentir. Algo começou a crescer dentro do seu estômago, uma vontade de não estar ali, de se afastar, de repelir a mão cujo toque lhe dava tanto prazer. Quis poder respirar sem sentir o seu cheiro, mover-se sem encontrar o seu corpo. “Pára, pára, pára…”. Eram agora as palavras dentro da sua cabeça. A dimensão do seu erro era agora clara. Nunca poderia ser livre de preconceitos, não se isso significasse aceitar os seus próprios desejos escondidos. Nem queria a bandeira da liberdade sexual, quem tivesse estômago para isso que a levasse. Queria agora enterrar bem fundo aquela dimensão de si própria, fingir que nunca a tinha conhecido. Foi então que se levantou da cama, e correu até à casa de banho, onde vomitou tudo, excitação, prazer, vergonha, desejo, preconceito e bílis amarga.
“E”.

16 Comments:

  • bolas... este texto deixou-me sem fôlego!!! nem sei bem que comentário fazer. Ainda à dias estive a conversar com um amigo sobre o amor homossexual. Consigo imaginar dois homens juntos mas duas mulheres faz-me imensa confusão, talvez por eu ser mulher!!! parece estúpido o que vou dizer mas dois homens conseguem encaixar um no outro e duas mulheres não! este assunto para mim é uma valente confusão... pode-se tirar prazer do tocar?

    By Blogger Eduarda Sousa, at 11:41 AM  

  • Amor e Sexo são duas coisas tão distintas como fome e gula. Não podemos colocar a Luxúria e o Afecto no mesmo frasco, comer-se-iam um ao outro. O desejo de transgredir mistura-se com a vontade de explorar os medos e os desejos mais íntimos... e depois é a travagem emocional brusca que nos rebenta com a cara no pára-brisas da moralidade e do pudor. Quando no fundo queremos negociar a nossa própria individualidade e trocá-la pela exposição nua e crua do que realmente somos por dentro.
    Quanto à homossexualidade feminina, acho-a muito mais bela e erótica do que a masculina. Sexo entre homens é penetração, invasão e troca de fluidos, não dão assim tanta importância aos parceiros de momento, são muito mais promíscuos e fidelidade não é palavra para ser usada. Não meus senhores, não façam essa carinha escandalizada porque não tenho razões para não dizer o que penso, nem para vos "dourar a pílula". É a minha opinião, e não acredito no politicamente correcto, portanto...
    As relações sexuais e psicoafectivas entre mulheres são mais abertas, há mais entrega à parceira, mais cumplicidade, mais exploração dos sentimentos, afectos e do corpo. As mulheres podem trocar carícias e prazeres de um modo incrivelmente sensual sem necessitar da invasão da carne para chegarem ao afamado clímax feminino, essa grande fronteira negra de ignorância para nós, os homens. Esqueçam as fantochadas lesbianas dos filmes porno do sexyhot, sexo entre mulheres não é aquilo. Aquilo é sexo para homens apreciarem e "despejarem", mas qualquer relação entre um festim de interpenetração entre mulheres e envolvimento sexual e erótico de duas mulheres que se desejam e que se oferecem uma à outra vai uma enorme distância, algo que para os "penetradores" não é fácil de compreender. E sim Booklover, nós somos perfeitamente capazes de ter sexo sem amor, às vezes até penso que é só isso que queremos fazer, de tal forma que esta sociedade se tornou esfomeada por prazer carnal e violação dos afectos. Somos impunes para fornicar, mas ai daqueles que puserem o amor à frente do tão publicamente aclamado hedonismo.

    By Blogger Der Überlebende, at 2:10 PM  

  • Concordo com o ponto do Der Uberlende sobre o Amor e Sexo. Sao coisas distintas, que combinam muito bem, no entanto. Como biologa vejo o sexo como algo para que fomos seleccionados para querer ter em quantidade e qualidade. O prazer que tiramos dos contactos sexuais eh o isco que a natureza nos lanca para que os nossos comportamentos nos levem ao maximo da nossa capacidade reprodutora, qual cenoura a frente da mula... Obviamente, existe um trade-off, e quantos mais filhotes menos tempo para o regabofe, dai o ser humano ter caido na armadilha de inventar contraceptivos (coisas do demo, como todos sabemos :)), para poder comer do bolo sem engordar.
    O Amor eh algo mais dificil de atingir e acredito que nao sao assim tantas as pessoas capazes de amar verdadeiramente. Quanto ao amor homossexual... Bem, deixemos as consideracoes sobre o Amor de lado (sim, deixemos o mais importante de lado). Numa pequena confissao, devo dizer que o sexo entre dois homens me parece super sensual. Nao estou de acordo com o Der Uberlende, mas se calhar eh porque para mim o corpo masculino eh mais bonito do que para ti ;). Sinto um pouco o mesmo que a booklover. Nao acho bonito duas mulheres a beijarem-se. Talvez achasse se (la esta) tivesse menos pudor, fosse mais honesta comigo mesma. Mas nao, como estou presa aos medos a que chamamos moralidade, acho saudavel gostar de ver dois homens nus numa cama, mas nao duas mulheres. E o reverso da medalha encontramos no Der Uberlende. Em resposta, Booklover, sim, quanto a mim pode-se tirar prazer do tocar sem passar pelo emocional. Mas da minha pouca experiencia, as mulheres tem sempre tendencia a transformar uma experiencia carnal em emocao, e confundir tesao com paixao(passe a expressao grosseira), ou pior ainda, com amor . Seremos tambem seleccionadas para isto, ie, para sermos umas "tolinhas romanticas"? Contudo, conheco excepcoes, e mulheres que sao ou ja foram autenticos "homens" no campo sexual (estilo Samantha do Sexo e a Cidade), e conseguem perfeitamente separar sexo e amor.

    By Blogger smallworld, at 4:35 PM  

  • Der Uberlende – “amor e sexo são duas coisas diferentes”. A minhas perguntas são: como se pode fazer sexo fortuito sem amor? Não acabará por nos magoar muito emocionalmente? Porque essa necessidade carnal desenfreada? Não dá para esperar até encontrarmos a pessoa certa??? Estas perguntas todas sem estar a pensar na moralidade e no poder impostas pelas regras e condutas sociais. Mas sim pelo que é necessário, aceitável para nós. Pelo que percebo o sexo homossexual é muito mais explosivo, violento e o feminino é mais subtil e intenso emocionalmente, o que é que os homens homossexuais buscam? O que procuram tão desenfreadamente no corpo de outro homem para terem de entrar nele?

    Stela – como se pode ter sexo em quantidade e qualidade? Tinhamos de andar sempre com vários parceiros!! O sexo só tem como finalidade biológica a preparação para a reprodução? Então teriamos de concordar com a igreja católica: sexo só para procriação!

    By Blogger Eduarda Sousa, at 7:31 PM  

  • Biologicamente falando, o sexo serve para a reproducao, sim. As vezes esquecemo-nos de que somos animais, antes de tudo. Mas claro que dizer que o sexo serve para reproducao, apesar de verdade, nao resume aquilo que o sexo eh para o ser humano. Eh como dizer que Paris eh uma cidade com milhoes de habitantes. Eh verdade, mas nao exprime metade do que Paris eh no imaginario romantico de (quase) todos nos. Nao quis parecer demasiado fria em relacao a este assunto, mas as vezes eh bom olhar objectivamente para o homem, como se fosse outro animal qualquer. Acho que ajuda a entender muita coisa. O que nao significa que sirva como desculpa ("ah, e tal, estou so a responder aos meus instintos primarios, nao posso evitar...")!

    By Blogger smallworld, at 11:48 PM  

  • Sexo não é amor. No amor pode haver sexo e podes fazer sexo com amor, mas sexo, por definição, não é amor. É desejo, prazer e luxuria. É perfeitamente possível 2 seres envolverem-se sexualmente e disfrutarem ao máximo, sem violência e com enorme carinho, sem que isso signifique que haja qualquer tipo de amor emocional entre eles. A partir do momento que colocamos sexo e amor no mesmo nível lixamos tudo. Não libertamos o animal vivo e sexual que há em nós por pudor ao amor fragilizante que sentimos o dever de proteger de qualquer mágoa. Como se o acto sexual selvagem e intenso não pudesse coexistir com o mais terno e abnegado acto de amor. Ninguém sabe muito bem como tudo isto funciona, mas a crença geral é: tens sexo fantástico com quem não amas e tens uma vida sexualmente muito controlada e "standartizada" com quem amas e queres dedicar-te de corpo e alma. Será assim? Será o sexo uma virtude maléfica ou uma obrigação abençoada? Será o prazer algo decente ou deveremos acautelar-nos perante o acto de total entrega do corpo e dos sentidos? Afinal de contas, há amor sem sexo.. e sexo sem amor!

    By Blogger Der Überlebende, at 1:01 AM  

  • só queria dizer que cada vez mais gosto de cá vir visitar o vosso cantinho. os textos são uma delícia.

    ana
    meiadeleite.com

    By Anonymous Anonymous, at 2:40 PM  

  • der uberlende:

    a tua opinião é ridícula. desculpa dizê-lo, mas a forma como teces considerações acerca do amor ou promiscuidade só me merecia desprezo. infelizmente causa-me repulsa e obriga-me a escrever.

    um conselho: não escrevas nunca sobre o que desconheces.

    (REGRA NÚMERO UM DO ESCRITOR: "INVESTIGAÇÃO, INVESTIGAÇÃO, INVESTIGAÇÃO!")

    A homossexualidade feminina entusiasma-te mais por seres homem. e todo o homem, já se sabe, fantasia - pelo menos uma vez na vida - acerca do sexo com duas mulheres.
    a homossexualidade feminina também envolve troca de fluídos e penetração.
    como há homens promíscuos, também há homens "fiéis" e o mesmo se verifica no universo feminino. Dizes não acreditar no politicamente correcto, expressão típica de um adolescente frustrado emocionalmente - tenho pena.
    Outra coisa, o sexo não é apenas penetração, por isso a expressão "penetradores" é no mínimo infeliz.

    espero que estes tópicos te ajudem a desenvolver ideias e a eliminar preconceitos.

    By Blogger joão martinho, at 11:27 PM  

  • Caro Sam,
    Antes de mais, satisfaz-me que tenhas participado nesta discussão em particular, mas tenho pena que não tenhas nada mais para dizer do que criticar a minha opinião, sem no entanto trazeres absolutamente nada de novo para este debate de ideias.
    Não me aflige minimamente o facto de te causar repulsa, nem a ti nem a quem quer que seja, porque sempre que decido exprimir a minha opinião faço-o de consciência e com base na minha (limitada) experiência de vida e de lidar com muitas pessoas diferentes, em muitas ocasiões da minha existência.
    Regra N. 1 do debate: nunca assumas que conheces o teu interlocutor. Limita-te aos factos que tens "sobre a mesa" e não teças cenários sobre a pessoa a quem respondes sem teres a mínima ideia de quem é esse indivíduo a quem te estás a dirigir.
    É estimulante debater com alguém com ideias opostas às nossas, mas a partir do momento em que avançamos com preconceitos (eu tenho os meus, e tu terás os teus) de juízo de carácter e não objectivamos a raíz da nossa crítica enfraquecemos o debate, tornando-o algo vazio.
    Em relação ao que realmente interessa:
    1. Estudos psico-sociológicos efectuados por universidades tão reconhecidas como Harvard, Yale e La Sourbonne demonstram que na homossexualidade feminina existe mais proximidade, cumplicidade, afecto e "bounding" entre companheiras do que nas relações homossexuais masculinas. O grau de violência e promiscuidade (entre estranhos) é igualmente comprovadamente muito mais elevado na homossexualidade masculina. Se quiseres saber mais sobre estes e outros estudos tens bom remédio, usa a primeira regra do bom escritor.
    2. Embora admita que possa não estar suficientemente claro para ti, na passagem em que me refiro aos "penetradores" estou-me a referir essencialmente aos homens heterossexuais que buscam prazer no visionamento de filmes pornográficos, onde, como também está bem documentado em variadíssimos estudos, é a realização da penetração carnal (sob variadíssimas formas) que conduz ao desejado climax. A expressão não é bela, e tirá-la de contexto é certamente uma infelicidade.

    Depois de sabermos o que pensas da minha opinião, ficaremos a aguardar o que tens a dizer sobre o tema em debate.

    Já agora, e para desanuviar um pouco a conversa, devo dizer-te que gostei bastante dos textos que publicaste no âmbito do Desafio 500, e espero que em breve tragas mais material, e eu prometo que não te vou contar as palavras...

    By Blogger Der Überlebende, at 12:08 AM  

  • Sam
    A mim "penetradores" não me chocou nada devido ao contexto em que foi escrito e não lido e interpretado isoladamente ao teu bel-prazer... o que me chocou muito mais foi os comentários que fizeste do Der Uberlend sem jamais o conheceres de lado nenhum...

    Acho delicioso um debate feito com opiniões opostas, detesto quando se parte para tecer considerações pessoais sobre quem não conhecemos

    By Blogger Eduarda Sousa, at 2:05 PM  

  • Concordo inteiramente com a Booklover, acho uma coisa tecer comentários sobre um texto, e embora ache normal que tentemos perceber quem é a pessoa por trás dos textos, raras são as vezes em que acertamos. Mas entendo que o comentário do Der Uberlende te tenha provocado uma reacção (boa ou má!), Sam. Conhecendo a peça, eu diria que foi a intenção dele desde o princípio! ;)

    By Blogger smallworld, at 10:01 PM  

  • Olá Stela! Mais uma vez me prendeste com a força interior do teu texto. Depois de nos envolveres com o teu lado negro agora surpreendes-nos com essa reverberante sensualidade. Eu sei, "reverberante" também não é uma palavra bonita, mas foi a que me ocorreu... e está ainda dentro do contexto :P EM suma: "A"M"E"I". Der Igel

    By Anonymous Anonymous, at 11:07 PM  

  • ai depois de tudo o que li, nao consigo organizar um pensamento que seja na minha cabeça, o texto envolveu-me por completo. tenho pena de nao conseguir partilhar com voces uma opiniao neste momento.. espero numa proxima vez ser capaz de o fazer.. tenho mt gosto em ler tudo o que por aqui passa :) [tou a pensar ainda..]
    bem parabens pelo blog :)

    [sinto-me mm mt pouco inteligente pra comentar seja o que for. que raio de comment :S]

    Beijo *

    By Blogger Perséfone, at 11:33 PM  

  • Bem Vinda Perséfone!

    Não resisto a transcrever-te este texto, em honra de uma das minhas personagens favoritas da mitologia grega:

    "Um dia, quando a filha de Deméter, Perséfone, colhia flores na Sicília, deparou-se com uma mais bonita que todas as outras. O nome grego dessa flor vem de narke, que significa "dormência" e se traduz como "narciso". Esse mito, portanto, pode referir-se a uma espécie do gênero muito depois nomeado cientificamente como Narcisus, que inclui as várias espécies de narciso. De qualquer modo, quando Perséfone pegou a flor, abriu-se um abismo e Hades, o deus da região dos mortos, agarrou-a e levou-a para fazer dela sua noiva.

    A história não termina com o rapto de Perséfone. Deméter, furiosa, e em seguida desesperada com o destino da filha, fez o mundo ficar frio e estéril. Nada brotava. A raça humana ia morrer de fome. Então, Zeus ordenou a libertação de Perséfone. Mas havia um problema: quando vivia na região dos mortos, Perséfone comera uma semente de romã, o que a obrigava a ficar casada para sempre com Hades. Nesse ponto, Zeus acertou um acordo entre a mãe e o marido da deusa, determinando que Perséfone passasse um terço do ano com Hades. Assim, todo ano, quando ela descia à região dos mortos, Deméter mergulhava o mundo no inverno."

    Não permitas que te imponham limites (ne tu própria) à tua liberdade de expressão, nem tenhas qualquer temor em dar cor, luz e forma aos teus pensamentos e sentimentos. A última coisa que o mundo precisa é de mais um coelho apavorado que corre para a sua toca no chão aos primeiros sons da adversidade! Sê, pensa e age!

    cá te esperamos, ...
    e bem vinda!

    PS: se este for o meu segundo post a dar-te as boas vindas, a culpa é da minha net que anda um bocado "infernal" ;o)

    By Blogger Der Überlebende, at 12:30 AM  

  • Bem-Vinda Persefone,
    Já dei uma ligeira vista de olhos pelo teu blog mas ainda o vou fazer mais cuidadosamente...

    Depois de uma fase sem grandes ideias ando agora cheia de vontade e com montes de cenas na cabeça para escrever. falta-me é o tempo... mas amanhã, sem falta, publicarei mais um texto...

    beijinhos :)

    By Blogger Eduarda Sousa, at 2:17 PM  

  • Excelente texto!
    Este cantinho da net já fazia falta.

    By Anonymous Anonymous, at 2:24 PM  

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