A Ordem do Povo; Por Vera Fonseca
A Ordem do Povo
Somos frutos
De uma mentira conturbada,
Ao longo dos tempos cultivada,
Para nos multiplicar.
Uma eterna
Cumplicidade secreta,
Entre o natural e o recriado,
Constituem o corolário
Para a génese da nossa vida.
Rodeados de idióticas
Mensagens,
Que sublimares ou explícitas,
Nos distorcem a razão;
Crescemos como fantasmas
Que seguem a aparição,
Que se regem por dogmas
Impostos pela sociedade,
Que crêem ver
O que é de facto a realidade,
Mas que na verdade,
Apenas vêem,
O que tão cautelosamente
Lhes é mostrado.
São séculos de mitos,
Contos e ditados,
São milhas de História,
De heróis e dos seus fados.
Milhões de convertidos
À cultura das massas,
Inoculados à nascença
Contra a descrença
No infalível sistema.
Formam a Ordem,
Julgam-se o Povo,
E submissos e vigilantes,
Transmitem o velho ao novo,
Julgando que o estavam a combater.
Lê-se revolta em cada olhar,
Conformismo em cada acto,
Mas porém, a velha Ordem,
Cumprirá mais um “mandato”.
Vera Fonseca
Somos frutos
De uma mentira conturbada,
Ao longo dos tempos cultivada,
Para nos multiplicar.
Uma eterna
Cumplicidade secreta,
Entre o natural e o recriado,
Constituem o corolário
Para a génese da nossa vida.
Rodeados de idióticas
Mensagens,
Que sublimares ou explícitas,
Nos distorcem a razão;
Crescemos como fantasmas
Que seguem a aparição,
Que se regem por dogmas
Impostos pela sociedade,
Que crêem ver
O que é de facto a realidade,
Mas que na verdade,
Apenas vêem,
O que tão cautelosamente
Lhes é mostrado.
São séculos de mitos,
Contos e ditados,
São milhas de História,
De heróis e dos seus fados.
Milhões de convertidos
À cultura das massas,
Inoculados à nascença
Contra a descrença
No infalível sistema.
Formam a Ordem,
Julgam-se o Povo,
E submissos e vigilantes,
Transmitem o velho ao novo,
Julgando que o estavam a combater.
Lê-se revolta em cada olhar,
Conformismo em cada acto,
Mas porém, a velha Ordem,
Cumprirá mais um “mandato”.
Vera Fonseca
1 Comments:
Brilhante.
By Anonymous, at 12:32 PM
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