Amada; 500 palavras para um blog - Exclusivo em formato poesia! :)
Ora viva!
Depois deste texto vou fazer como o Der Igel e hibernar durante uma semanita ou duas. Vou aparecendo para me actualizar dos vossos comentários e fazer os meus próprios comentários, aqui ou nos vossos blogs. Confesso que me tenho deixado entusiasmar demasiado pela vossa arte escrita, mas o dever chama alto, e tenho que por o trabalho em dia...
Deixo-vos com este D500 especial (para mim) em jeito de ('maisomenos') poema,
atenciosamente vosso
Der Uberlende
Amada
O que as palavras não sabem dizer
é como são felizes quando deslizam dos teus lábios
Que se enchem de novos significados
quando é a tua língua que as torneia e saboreia
Meu amor, não sabias
que o vento frio do Inverno não é frio
escalda a minha pele quando estás comigo
e transporta-me para o mundo infinito do teu corpo
Tenho pressa de te contar
de te ver sorrir quando ouves o que tenho para dizer
estórias infantis sobre reis e pássaros
vagabundos de um céu onde os teus olhos são o meu Sol
Tenho ânsia de te tocar
de te ver aninhada nos meus braços
sem dor remanescente, sem sentir
a eternidade a dissolver-se
Meu amor, quero contar-te
como a chuva cai gelada do céu que me cobre
quando sei que não vou poder estar contigo
aninho-me e cubro-me com a memória dos teus beijos
Tenho medo de te esquecer
deixar-te escapar por entre os dedos
como areia fina de um deserto de emoções
onde deambularei como um mercador perdido
Tenho as mãos a tremer
de famintas que estão por te tocar
a tua pele de seiva e mel
vontade de viver
Meu amor, queria tanto
saber o que faz a noite e o dia alternar
só assim poderia eu descobrir
como voltar a fazer o dia nascer
Sentir o teu sopro no meu pescoço
a tua voz dentro do meu peito
sem dor remanescente, sem sentir
a eternidade a dissolver-se
Tirar o teu corpo desse sombrio túmulo
Ir ao céu resgatar-te a alma
Rogar aos anjos que te devolvam o sopro
que eu sentia no meu pescoço
Meu amor, só tu podes saber
o que me espera depois de mais esta infindável noite
não mais irei ficar longe de ti
e em breve regalar-me-ei de novo com o teu sorriso
Dá-me asas para que possa voar
tenho tanto orgulho do que fomos
nem a dor remanescente nem os sentimentos
nem a eternidade se irá desvanecer
Só por ti quis estar aqui
agora me despeço desta vida
sem dor remanescente, sem sentimentos
estarei na eternidade contigo
Meu amor, dá-me forças
para que este gesto não me vá fraquejar
E deixa que o vento me sopre na face
aqui na montanha onde juramos amor eterno
Dá-me asas para que possa voar
juntar-me a ti nesse lugar
onde não há dor, apenas sentimentos
e a eternidade nos envolve
Acompanha-me neste mergulho
a falésia está apenas a um último passo
sem dor, arrependimento ou sentimentos
a eternidade aguarda-nos
Meu amor, tu sabias
que o vento frio que sopra na minha face enquanto caio
me aquece a alma e a prepara finalmente
para me fundir contigo na eternidade
Deste-me asas, agora sei voar
o teu amor é a minha força
a dor ficou lá em cima com os sentimentos
de uma eternidade que se desvanece
Sei agora, como sempre o soube
que a vida não é uma dádiva de nenhum deus
é a essência do universo impermanente
que fui pela eternidade
5 de Maio de 2005,
Der Uberlende
PS: Dedicado à MoonLight Fairy, a minha eterna amada. Felizmente, ainda estamos os dois bem vivos, mas não quereria viver sem ti...
Depois deste texto vou fazer como o Der Igel e hibernar durante uma semanita ou duas. Vou aparecendo para me actualizar dos vossos comentários e fazer os meus próprios comentários, aqui ou nos vossos blogs. Confesso que me tenho deixado entusiasmar demasiado pela vossa arte escrita, mas o dever chama alto, e tenho que por o trabalho em dia...
Deixo-vos com este D500 especial (para mim) em jeito de ('maisomenos') poema,
atenciosamente vosso
Der Uberlende
Amada
O que as palavras não sabem dizer
é como são felizes quando deslizam dos teus lábios
Que se enchem de novos significados
quando é a tua língua que as torneia e saboreia
Meu amor, não sabias
que o vento frio do Inverno não é frio
escalda a minha pele quando estás comigo
e transporta-me para o mundo infinito do teu corpo
Tenho pressa de te contar
de te ver sorrir quando ouves o que tenho para dizer
estórias infantis sobre reis e pássaros
vagabundos de um céu onde os teus olhos são o meu Sol
Tenho ânsia de te tocar
de te ver aninhada nos meus braços
sem dor remanescente, sem sentir
a eternidade a dissolver-se
Meu amor, quero contar-te
como a chuva cai gelada do céu que me cobre
quando sei que não vou poder estar contigo
aninho-me e cubro-me com a memória dos teus beijos
Tenho medo de te esquecer
deixar-te escapar por entre os dedos
como areia fina de um deserto de emoções
onde deambularei como um mercador perdido
Tenho as mãos a tremer
de famintas que estão por te tocar
a tua pele de seiva e mel
vontade de viver
Meu amor, queria tanto
saber o que faz a noite e o dia alternar
só assim poderia eu descobrir
como voltar a fazer o dia nascer
Sentir o teu sopro no meu pescoço
a tua voz dentro do meu peito
sem dor remanescente, sem sentir
a eternidade a dissolver-se
Tirar o teu corpo desse sombrio túmulo
Ir ao céu resgatar-te a alma
Rogar aos anjos que te devolvam o sopro
que eu sentia no meu pescoço
Meu amor, só tu podes saber
o que me espera depois de mais esta infindável noite
não mais irei ficar longe de ti
e em breve regalar-me-ei de novo com o teu sorriso
Dá-me asas para que possa voar
tenho tanto orgulho do que fomos
nem a dor remanescente nem os sentimentos
nem a eternidade se irá desvanecer
Só por ti quis estar aqui
agora me despeço desta vida
sem dor remanescente, sem sentimentos
estarei na eternidade contigo
Meu amor, dá-me forças
para que este gesto não me vá fraquejar
E deixa que o vento me sopre na face
aqui na montanha onde juramos amor eterno
Dá-me asas para que possa voar
juntar-me a ti nesse lugar
onde não há dor, apenas sentimentos
e a eternidade nos envolve
Acompanha-me neste mergulho
a falésia está apenas a um último passo
sem dor, arrependimento ou sentimentos
a eternidade aguarda-nos
Meu amor, tu sabias
que o vento frio que sopra na minha face enquanto caio
me aquece a alma e a prepara finalmente
para me fundir contigo na eternidade
Deste-me asas, agora sei voar
o teu amor é a minha força
a dor ficou lá em cima com os sentimentos
de uma eternidade que se desvanece
Sei agora, como sempre o soube
que a vida não é uma dádiva de nenhum deus
é a essência do universo impermanente
que fui pela eternidade
5 de Maio de 2005,
Der Uberlende
PS: Dedicado à MoonLight Fairy, a minha eterna amada. Felizmente, ainda estamos os dois bem vivos, mas não quereria viver sem ti...
6 Comments:
Poesia da boa, comovente.
Logo eu, que já não acredito na eternidade do amor, a dizer isto...
Parabéns à Fada que o inspirou.
By Anonymous, at 1:02 PM
Bom descanso.
By Red Boys ESTAÇÃO, at 2:33 PM
A verdadeira poesia é a arte de escrever quando todas as palavras são insuficientes e qualquer imagem idealizada é verbalmente indescritível. A verdadeira poesia é a música da alma. Ainda que a queiramos entender racionalmente, algo há que sempre permanece... quase inintelígivel. Somente no fugaz momento, em que a chama do eterno ilumina a mortalidade, ilusória até na sua essência, conseguimos vislumbrar na sombra da espessa tristeza a diáfana cortina que nos aparta da íntima e pura alegria, até então oculta, que nos preenche bem aquém e além do pouco que julgaramos ser. Nesse momentum conseguimos SER. Não mais nos sentimos separados nem apartados. O amor une-nos numa indelével continuidade de consciência. É raro encontrarmos verdadeira poesia. Por isso é essencial cuidarmos dos seus brilhantes florescimentos. Como este a que, para nosso deleite, nos é permitido aceder... esperando que a alma nos ensine a apreciá-lo e através dele captarmos algo desse imortal e indizível fragmento que nos anima. E que Belo momentum! Parabéns!!!
By Anonymous, at 6:11 PM
Tocou-me...pela bruma de eternidade que fica no ar. A ideia de que a eternidade pode existir, a ideia de que alguma coisa possa ser eterna, mesmo que o não seja - isso é reconfortante.
By Anonymous, at 10:29 PM
O primeiro programa de rádio sem sentido algum.
www.radio-logia.blogspot.com
By Anonymous, at 10:20 AM
Afinal também temos poeta!?
A tua amada deve ser a mulher mais feliz do mundo...
beijinho
volta depressa!
By Eduarda Sousa, at 2:53 PM
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