Enquanto caminho já não só vejo as pedras da calçada... é bom renascer para a vida

O Idiota

Não tenho lido muito... Uma dor de cabeça apoderou-se de mim nestes últimos dias. Mas já estou melhor. Iniciei "O Idiota" de Fiódor Dostoiévski. Foi díficil ficar agarrada ao livro. Pressentia que vinha aí mais um romance maçudo ao sabor de Anna Karenina que achei intragável! (nem sequer o acabei). Mas depois o pessoal do citador aconselhou-me a ler mais um bocado e acabei por ficar presa ao livro quando cheguei aos diálogos do príncipe. Mesmo assim não estou a achar nada de especial mas vou continuar a ler até acabar a primeira parte.

Preguiça

"Um idiota preguiçoso continua sempre a ser um idiota! E um preguiçoso inteligente é alguém que reflectiu acerca do mundo em que vive. Não se trata, pois, de preguiça. É tempo de reflexão. E quanto mais preguiçoso fores, mais tempos tens para reflectir. E é por isso que, no oriente, isso se designa por filosofia oriental... a maior parte das pessoas tem tempo. Quanto mais se desce para sul, mais encontramos profetas, magos, pessoas que reflectiram sobre o mundo."

Conversas com Albert Cossery

O sonho de um homem ridículo

Iniciei Fiódor Dostoievsky com "O sonho de um homem ridículo", um livrito d´ bolso que custou a módica quantia de 1euro. É um conto que nos mostra o quanto pode ser exageradamente ridícula a vida terrena. Narrado na 1ª pessoa, Fiódor decide suicidar-se mas antes tem um sonho que lhe devolve a alegria de uma nova e intensa vida. Sonha com a vida celeste depois da morte terrena e grande parte do conto resume-se à descrição desse admirável mundo novo...

Será que o suicídio põe fim a todos os nossos problemas? Será o fim de tudo?
Eu creio que não...

"O mal está nisto: «A consciência da vida vale mais que a vida; a consciência das leis da felicidade valem mais que a felicidade»"

Pensar

"Tantas mãos para transformar este mundo
e tão poucos olhares para o contemplar"
Julian Graco

Leio demasiadamente depressa. Não paro para pensar o tempo necessário que deveria parar! Tenho que olhar mais o mundo que me rodeia com olhos de ver. Pensar, questionar, duvidar, criticar, analisar, aceitar, negar...
Está na hora de começar a exercitar o meu pensamento!

Feira da Ladra

Na semana de férias em Lisboa, entre muitos outros passeios, fui à feira da Ladra. Não podia acreditar no que via: livros recentes (novidades) a tuta e meia à venda. Novos, ou quase novos. Inacreditável! Aqui vão os que comprei,

"A banda sem futuro" - Marilar Aleixandre
"Morta de fome" - Anne Colmeraueur
"O homem do tempo" - Ana Eduarda Santos (tenho grande curiosidade de ver o que esta jovem autora, um ano apenas mais velha do que eu, é capaz de escrever?)
"O mestre de Petersburgo" - J. M. Coetzee (nunca li nada deste autor, um livro sobre Fiodor Dostoievsky)

Visitei a maior livraria do país - a fnac do Chiado. Onde comprei "Conversas com Albert Cossery", já à muito na lista de compras.

Tenho ainda para ler,

"O Idiota" - Fiodor Dostoievsky
"O Demónio e a SENHORA PRYM" - Paulo Coelho (um amigo que me ofereceu, o último a seguir ao alquimista e ao "verónica decide morrer" aproveitável de Paulo Coelho, com este encerro as leituras deste autor).

Sinto-me perdida no meio destes livros todos, não sei qual começar a ler?

Mais férias

Vou passar uma semana a Lisboa, à casa do meu mestre e amigo Abílio Oliveira. Regressarei mais inspirada, elucidada e iluminada, como sempre acontece.
A minha última pausa de férias não poderia acabar melhor, em grande...

ps- "A materna Doçura" é suave e deliciosa de sorver, toca bem cá no fundo do coração, não mais apetece parar de ler... Mas quando acabar deixarei a minha opinião.

Desassossegada

It´s unbelievable. Não é que a Sara, a Desassossegada visitou o meu tímido blog e deixou comentários? a Sara?!
Tantas e tantas vezes disse para mim "é hoje que escrevo à Desassossegada". E cheguei a começar um mail, mas nunca o acabei... ou sequer enviei... talvez por falta de coragem...
E quando deixou excertos da "Campânula de Vidro" da Syvia Plath? foi através da Sara que cheguei a esta escritora. A Sara faz-me rir, a astúcia da sua ironia sublime nas palavras, sem ser preciso ofender alguém. E continuaria aqui a escrever, escrever, escrever... mas ficará para um mail quando ganhar coragem!
I´m a Desassossegada Addict

"A materna doçura"

Estava a vaguear pela biblioteca e encontrei "A materna doçura" de Possidónio Cachapa. Fiquei surpresa, tal é a quantidade infíma de livros de novos autores. Requisitei imediatamente e vou começar a ler.
Estou a meio de "Siddhartha" de Herman Hess que também encontrei na biblioteca.
A acabar "O muro" de Jean-Paul Sartre. E continuo com outros livros que vou lendo mais espaçadamente como "As três Sereias".

Terrível!

É terrível, terrível... achar e ter quase a certeza que leio tão pouco. Queria ler mais, muito mais... Chegar a Kafka, J. M. Coetzee, Aldous Huxley, Herman Hess, Nietzsche.. e ter tempo para os ler e estudar cuidadosamente. Como estão enganados, meus amigos, ao afirmar que eu leio demais? Não é vaidade, nem modéstia mas afirmo-vos que infelizmente não é verdade! Ler para mim é como respirar para vós.

A máquina de Joseph Walser

Se a nossa felicidade depende do sucesso das máquinas, que são previsíveis, então a nossa "existência será redundante e desnecessária: não haverá expectativas, luta ou pressentimentos".

Harry Potter

Num interlúdio entre as férias fui ver "Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban". A atenção, concentração e exactidão com que vi o filme foram máximas. Eu queria ver para lá de Harry Potter, bem mais para lá da tela de cinema... ansiava por ver J. K. Rowling a escrever o livro e ver as ideias a surgirem na sua cabeça... enfim, para além do prazer de estar a ver o filme o meu interesse ia muito mais longe... o que eu queria realmente era descortinar o mundo anterior ao filme: a concepção do universo fantástico de Harry Potter.